Donnerstag, Juli 19

Our Love to Admire

"You fly straight into my heart"
- Pioneer to the falls (Interpol)


Nunca fiz crítica musical, muito menos crítica de álbuns específicos. Para falar a verdade, não sou muito bom de fazer críticas. Quero dizer, gosto de reservar minhas opiniões para mim mesmo. Sou mais do tipo observador, tento escutar o que os outros falam e chegar as minhas próprias conclusões, sem falar quais elas são.
Só acho que não posso fazer isso com o novo álbum do Interpol. As pessoas que conhecem meu gosto musical, sabem como a cada dia eu gosto mais dessa banda. E agora eles lançaram um novo álbum. Pensei em esperar minha amiga trazer um dos States para mim, mas não resisti e resolvi baixar as músicas, mesmo só tendo a disposição uma conexão discada. Baixei e adorei.
Talvez eu não saiba explicar por que gosto de Interpol. Acho que pode ser pela música deles ser um pouco mais deprê e eu gosto de música triste. Há quem diga na verdade eles são sem criatividade, mas eu discordo e acho que o novo álbum prova isso. O álbum é realmente novo.
Não tenho condições de fazer uma revisão dos dois primeiros álbums. Posso dizer que eles são considerados meio góticos, meio pós-punks. Eu os identifico com um pouco de Joy Division, apesar de não ser realmente uma das influências assumidas por eles. Assim, faz sentido o som mais melancólico, com bastante uso do baixo (que eu adoro).
Então, se o álbum novo é mais criativo quer dizer que eles deixaram de ser melancólicos? Não, não exatamente. Quer dizer, eu tenho esse problema, não sou bom para rotular ou definir as coisas. Nada é tão específico assim. Eles mantém algumas músicas que podem ser consideras tristes, mas também possuem uma ou outra com uma batida mais animada. Mas o que é realmente interessante é que eles acrescentaram algo de diferente no estilo, algo que não consigo classifcar, algo que está fora do padrão pós-punk-gótico esperado, pelo menos por mim. Mas eles não deixam de ser eles mesmo.
O que quero dizer com isso? Que na primeira vez que eu ouvi quase que não reconheci, estranhei, não era esperado, mas assim que o som foi sendo absorvido pelos meus ouvidos não resisti e já viciei... E, nesse exato momento, estou morrendo de vontade de cantar as letras que não conheço em voz alta, mas não posso acordar meu afilhado...
Ficamos por isso, então? Não é uma grande crítica... É mais um elogio. E uma recomendação para quem ficar curioso... Mas indiferente disso, vou continuar ouvindo aqui...
P.s.: E eu continuo querendo o cd. :D

Dienstag, Juli 17

Breve comentário sobre neologismos eqüinos na economia brasileira

"I promise I'll come back"
- Spinto Band
Tudo começou com o fim do Império. Ouro Preto queria comprar os agricultores de Minas para garantir que os republicanos não inventassem um golpe. A idéia era dar dinheiro. Assim, fez acordos com alguns bancos oferecendo empréstimos sem juros a esses bancos, para que eles emprestassem com taxas especiais para os agricultores. Ou seja, ele tava dando dinheiro de graça.
Resultado: começo da maior bagunça financeira do século XIX no Brasil, com bancos surgindo a torto e a direito só para conseguir algum dinheiro do governo. Para piorar, isso agravou a revolta com o Império e veio o golpe e a proclamação da República.
A questão é que o governo provisório também não tinha muito apoio político, devido a instabilidade. E o esperto do Rui Barbosa meio que deu continuidade as políticas econômicas do Ouro Preto, permitindo que bancos emitissem moeda quase a vontade para financiar empréstimos e assim comprar apoio político.
Essa zona ficou conhecida como Encilhamento. Não vou descrever mais minúscias econômicas, porque não é meu objetivo. Quero falar da origem e do resultado do Encilhamento, a palavra e o dano econômico. Encilhamento, vêm de encilhar. Se encilha cavalos. E o que tem a ver cavalo com políticas absurdas? Nada.
É que encilhamento era a área onde os jóqueis do turfe encilhavam seus cavalos. Essa área juntava muita gente, apostadores, donos de cavalos, jóqueis, cavalos, todos querendo saber qual cavalo/jóquei apresentava melhores condições e assim mais probabilidade de vencer. Era uma zona. Então veio a zona financeira e o neologismo veio bem a calhar.
O que é interessante é que o encilhamento, econômico, gerou inflação. E essa inflação incomodou por mais de século, inclusive se tornando galopante. E quem costuma galopar? Isso mesmo.

Freitag, Juli 13

Upgrades

"For reasons unknown"
- The Killers


Parece que estou com The Killers na cabeça, mas queria mesmo era ter o albúm novo do Interpol nas minhas mãos. Quem sabe em agosto?? :D
O post de hoje é só para falar das novidades do blog. Algumas atualizações no template e adições nos arquivos do blog. Todos os meus posts de Tantalos estão aqui. São 26 ao todos, mas pretendo adicionar novos contos no futuro próximo. Fiquem a vontade para ler os velhos.
A outra mudança é na coluna da direita, mudei um pouco a ordem dos itens e coloquei de volta o feed do last.fm com as músicas que ouvi recentemente... Tá muito bacana essa nova versão do last.fm...
Era só isso, em breve escrevo algo mais interessante.

Mittwoch, Juli 11

Bons sonhos

"I know we can make it, if we make it slow"
- The Killers



Gosto de dormir, mas não gosto de ir dormir. Tanta coisa para se pensar em tão pouco tempo. Pensar é um dom e uma maldição. Pensar é essencial e com certeza você já pensou nisso. Mas o que a gente pensa o tempo todo? O que a gente gosta de pensar? E o que não gosta? E porque tem horas que pensar é tão sombrio?
Podemos controlar os pensamentos. Podemos pensar o que quisermos, ou simplesmente parar de pensar. É fácil, mas também é difícil. É questão de criatividade, mas é questão de disciplina. Algumas horas temos mais de um do que de outro. Eu gostaria de ter os dois o tempo todo.
Ter criatividade é muito bom... Criar é algo bom. Agora, criar coisas boas nem sempre é tão fácil. Sem falar que, depois de criado, mesmo que seja bom, se perde o controle da criação. Acho que com os pensamentos também. Você pode pensar, mas depois disso, seus pensamentos seguem sozinhos e nem sempre vão aonde você gostaria que fossem.
Acho que isso sugeriu muita coisa aos grandes filósofos... Talvez não passemos de idéias pensadas que passaram a ter seus próprios pensamentos. Será que isso pode acontecer conosco? Acredito que aconteça. Nem sempre percebemos, mas mesmo o imaginário muitas vezes se torna real a nossa frente.
E realidade não é muito mais do que uma idéia, um conceito. Por isso que pensar pode ser um fardo, quando não se controla o pensamento. Controle, outra ilusão. E quando mais baixa nossa guarda, menor nosso controle. Por isso que a maioria de nós não gosta de pensar...
Quem me dera pensar só em coisas boas. Pensar coisas boas é como um sonho... E sonhar é a melhor coisa que existe... Sonhar é pensar sem controle, é o pensamento livre. Livre da realidade dos sentidos. Talvez limitado pela memória, mas eu duvido, acho que está mais para rebuscado por ela. Por isso que dormir é bom, mas antes do dormir, nem sempre podemos sonhar acordados... Aí está o problema.
Não pense nisso.