Samstag, November 3

Finados

"Where the troubles melt like lemon drops"
- Nora Jones
Todo dia é um bom dia para morrer. Simplesmente porque deixamos tudo para trás. É a última jornada, a liberdade final. Compromissos, não existem mais. Responsabilidades, quem precisa delas? Isso deveria por tudo em perspectiva, mas não sei se põe.
Acho que na verdade morremos todos os dias. Por isso nos apegamos tanto a vida e precisamos vivê-la. Mas não se trata de um viver a vida adoidado, se trata de achar significado. Então, criamos metas, planos e assumimos compromissos, chamamos a responsabilidade e caímos na rotina. E quando isso não acontece? Nos perdemos na vida ou entramos em depressão.
São mortes diferentes, mas é um passo mais próximo da libertação final. Mas, ei, não vale pegar uim atalho. Não é justo... Se todos pegassemos atalhos, ninguém estaria aqui. Já estariamos perdidos... Eu sei que parece difícil esse caminho, mas desafios fazem parte.
Tem vezes que superamos os desafios e morremos de felicidade, tem vezes que somos vencidos e é como se parte de nós morresse. O pior é estar entre esses dois extremos, tem horas que você se sente como num coma. A apatia é a pior das mortes. Quero levar um tiro, quero explodir, mas não quero mais do mesmo...
Tomara que eu morra, de choque, um choque não faz mal a ninguém. Logo depois, eu renasço. Revigorado. É o ciclo da vida, repetido em suas partes. Apesar de que ciclo não é o melhor termo, um ciclo não tem fim, não morre. Que seja uma espiral, então. Desde que todos nós sejamos também...

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