Donnerstag, November 30

História sem fim

"Viajamos sete léguas, por entre abismos e florestas"
- Legião Urbana

Continuando essa onda de repetir posts antigos, vou falar de outro post antigo... Hehehe... Na verdade é um post nunca terminado... Puxa, agora o título ficou óbvio... Mas eu poderia ter falado daquele filme... Eu realmente gosto daquele filme.
Mas como dar um fim para um conto que eu escrevi a mais de ano?? Eu acho que ele merece um fim... Mas como recuperar a idéia por trás do conto, o sonho, o conceito??? Sei lá... Acho que se eu o ler, do inicio ao fim, talvez apareça a resposta, mas para isso terei de fazer algo que odeio fazer: ler o que eu escrevi.
Por que eu odeio ler o que escrevi? Vai saber... Complexo, trauma, preguiça, entendimento, idiotice, qualquer coisa... Hehehe... Bem, vou fazer um esforço... Vou ler, espero não morrer enquanto faço isso...
Vou ler e vou tentar pensar num fim... Eu lembro que o plano original eram de 4 partes... Duas foram publicadas, a terceira eu tinha começado, mas não cheguei a terminar... Fiquei preso no rumo, por falta de criatividade, talvez, ou porque não estava com cabeça para novas histórias... Foram tempos estranhos... Hehehe...
Bem, como eu disse, eu vou ler de novo... Mas vou obrigar todo mundo a ler também... hehehe... Quer dizer, não tenho como obrigar ninguém a ler essa coisa aqui, mas se vocês quiserem e tiverem paciência é só correr o olho aí para baixo... E, após ler, se alguém quiser sugerir um rumo para história fique a vontade. Até o próximo post, eu escrevo o final... Não deve ser tão difícil assim...
Fiquem, então, com minha história sem fim:

O Andarilho

-- Primeira parte --

"Eu não sei quem ele era. Não sei de onde ele veio, nem para onde ele foi. Apenas sei que ele chegou na hora em que mais precisávamos. Ele estava na vila fazia quase dois dias. Chegou caminhando do norte, com roupas surradas e uma capa de viagem. Trazia uma sacola amarrada por sobre o ombro e uma espada na cintura. E aquela espécie de cajado, negro e fino, maior do que ele próprio, com a qual parecia se apoiar para caminhar. Não, não havia nada nele diferente de qualquer outro viajante, mas haviam alguns segredos debaixo daquela capa.
Ele apenas queria pousada por uma ou duas noites. Foi o que ele me disse na taverna. E sua prata era tão boa quanto de qualquer outra pessoa. Ficou em silêncio e só a maior parte do tempo, sem ser notado por ninguém. Ou melhor, todos sabiam que ele era um estranho, mas um estranho que não fazia mal a ninguém. Alguém suportável...
Pouco tempo depois, a confusão começou. Barulhos de cavalos, crianças gritandos, mulheres assustadas vinham do lado de fora da taverna. O estranho ficou impassível. Mas as pessoas começaram a ir para rua, ver o que acontecia. Um grupo de bandidos estava entrando na vila. Bem armados e ameaçando a população, eles eram a causa da arruaça. As pessoas começaram a se esconder em suas casas. Apenas alguns homens ficaram na rua. Pretendiam enfrentar os guerreiros, saber o que eles queriam...
Os guerreiros pararam na frente da taverna e desceram dos cavalos. Fizeram pouco caso dos homens da vila e entraram na taverna. Eles queriam apenas beber, no inicio... Os poucos que tinham coragem, seguiram aqueles guerreiros. O magistrado tomou a frente e exigiu que aqueles homens estranhos, que estavam assustando os moradores da vila fossem embora. A resposta foi uma risada sombria... "Quem é você velho, para tentar me comandar? Tem idéia de quantas batalhas sobrevivi? Você que se apóia nessas crianças ousa me enfrentar? Hahahahahahaha"... líder se aproxima do magistrado e desfere um soco que o derruba, deixando-o sem ar.
Ele volta a beber, enquanto o velho tenta se recompor. "Se há justiça nesse mundo, exijo que saia dessa cidade" - fala o velho enquanto se aproxima do guerreiro para empurrá-lo para fora. Ele mal toca no assassino, quando uma espada perfura seu coração. Aquele velho e justo magistrado estava caído sem vida no chão. "Assim acontecerá com qualquer outro que ouse me tocar. Ficarei aqui enquanto desejar. E sairei apenas depois que pegar tudo o que achar necessário."
Com essas palavras os jovens que acompanhavam o magistrado fugiram, deixando o corpo do velho. Eu ainda estava lá, sendo obrigado a servir os guerreiros. Tentei levar o corpo para outro lugar, mas não havia nada que pudesse fazer para melhorar a situação. Enquanto isso, o estranho continuava sentado a sua mesa bebendo. Parecia que nada o afetava.Quando ele terminou de beber se levantou e saiu. Alguns minutos depois, ouvimos barulhos de cavalos atiçados. Os cavalos pareciam estar fugindo. Os guerreiros se entreolharam sem entender e correram para fora. Eu fui atrás. Os cavalos estavam fugindo para fora da vila, suas amarras foram soltas. "Quem foi o idiota que fez isso?? Irei queimar todos nessa vila pela ousadia!!" - gritou o líder.De cima do telhado da taverna - não, não me pergunte como ele chegou lá - veio a resposta: "Eu fiz isso. E farei pior se você não for embora. Corra atrás de seus cavalos enquanto você ainda tem chance, pois eu não sou nenhum velho indefeso"Era o estranho. Ele segurava um arco longo negro, com uma flechas armadas, apontando para os sete guerreiros. Um deles puxou uma machadinha e pensou que seria rápido o bastante. Antes que pudesse levantar a arma a altura de sua cabeça, uma flecha atingiu seu coração. "Eu não faço ameaças vazias. Alguém mais quer se arriscar?" - falou o arqueiro.Foi nessa hora que eu desejei não estar lá. Aquele monstro me puxou pelo pescoço e colocou sua espada na minha garganta. "Desça daí, covarde! Venha nos enfrentar... ou irei matar essa garota." "Pois então, mate-a" - e essa resposta me fez chorar - "o que faço não é por qualquer pessoa nessa vila, ou mesmo por ela, mas é por não suportar bandidos como você. Mate-a agora e será a última coisa que você fará. E a última coisa que seus companheiros verão." E então ele soltou outra flecha, direto no braço do guerreiro que me segurava. Ele me soltou e eu corri. Ainda ouvi o andarilho falar que eles deveriam ir logo embora, ou nunca mais alcançariam seus cavalos... A resposta que obteu foi um "voltaremos para nossa vingança". Eles estavam fugindo e deixando o corpo de seu companheiro para trás. Aos poucos o resto da povoado vinha para a rua, para saber o que havia acontecido..."

-- Segunda parte --

"O andarilho pulou de cima da cabana e o capuz de sua capa caiu para trás. Pela primeira vez pude observar melhor aquele homem, que se tornaria um herói para nossa vila, todas as outras vezes as sombras o escondia. Ao sol, seus olhos verdes pareciam refulgir. Seu cabelo era negro e longo e a barba estava por fazer. Ele era alto e esguio, mas uma enorme força parecia existir em seu corpo.
Ele soltou a corda de seu arco, usando mais uma vez a haste como apoio. Então ele se dirigiu as pessoas que chegavam "eles irão voltar e não virão em paz, vocês precisam organizar uma defesa, argumentar não irá resolver o problema". Todos olhavam para ele sem saber o que fazer. Um homem falou: "você atraiu essa desgraça para nós, agora eles irão destruir nossa vila, sem você teriamos chance de sobreviver".
- Você está enganado. Eles destruiriam essa vila de qualquer maneira e matariam quem tentasse impedir. Vocês não teriam tempo nem para se proteger. Agora eu dei o tempo para vocês. Organizem-se e preparem uma defesa, assim nenhum de vocês precisará morrer, como morreu seu líder - falou o herói.
- Nosso povo é de agricultores, não temos muitas armas, o que podemos fazer contra esses guerreiros? - perguntou um idoso, apoiado pela voz de vários outros... Um burburinho se formava, idéias surgiam, algumas incluiam aprisionar o arqueiro e entregar aos bandidos... Por fim, ele falou:
- Vou lhes dizer o que fazer e então seguirei minha viagem. Primeiro, peguem as armas desse homem e depois cuidem do corpo de seu magistrado que está dentro da taverna. Me procurem, então, que eu explicarei alguns métodos para se proteger de pessoas inconvenientes.
Ele entrou para taverna e seguiu para o quarto em que estava hospedado. Enquanto isso, a população se acalmou e resolveu fazer o que lhe foi recomendado. Se livraram do corpo do bandido morto pela flecha, ficando com as armas. E concederam ao velho assassinado os serviços e honrarias que merecia. Pouco mais de uma hora, logo após o meio-dia ele saiu do quarto e pediu um pedaço de carne. Disse que ia explicar o que o povo deveria fazer..."

-- Terceira Parte (provisória) --

Não achava que teríamos tempo de nos preparar. Mas o plano era simples e funcionou bem. Em alguns momentos o medo tomou conta, muitos não acreditavam que tinham chance contra aqueles mercenários. Mas o que se viu foi que temos como nos defender e agora nossa cidade parece ter progredido, reflexo da auto-confiança.
Mas estou fugindo do assunto. Foi naquela mesma noite que os guerreiros voltaram. Mas nós estavamos preparados. Montamos um sistema de defesa simples, usando os recursos que tinhamos. A idéia era deixá-los em desvantagem. Desequilibrá-los. Assim, montamos postos de defesa em cima de algumas casas e preparamos armadilhas nas ruas para derrubá-los dos cavalos...

(Publicado orinalmente em Sombras de Heróis dias 30/01 e 03/02 de 2005).

P.s.: Eu amo "Metal contra as Nuvens"

2 Kommentare:

Andrea hat gesagt…

Eu não gosto de fazer revisão. Eu acho q de certa forma eh medo de me frustrar. pq qd estou escrevendo, geralmente tenho a impressao de q o q estou escrevendo eh mto bom e qd releio meu perfeccionismo acaba com minha auto-estima pois começo a achar q esta horrivel e akelas palavras nunca deviam ter sido escritas: ai de 2 uma, ou eu paro e fica incompleto; ou eu apago e deixa de existir.

eu acho q reler eh sempre sei la, reflexao por mais impessoal q o texto possa parecer

Carol Textor hat gesagt…

Ei as coisas estão mudadas por aki!!!!
Que tal um blog mais feliz em 2007!?? margaridas, solzinho?? não!??

hihihi